sexta-feira, 30 de julho de 2010

Prófugo

Prófugo, para onde vais?
Prófugo, para que vais?
Prófugo, volte aqui!
Não me segure.
Prófugo sou por essência.
Fuga é meu forte. Não posso parar. A imensidão do mundo me espera.
O prófugo foge daquilo que fez de errado. Foge meramente de uma condenação.
E por que não eu?
Aversão a mesmice. Guerra contra rotinização. Nasci livre. Hei de morrer da mesma forma.
Prófugo! Prófugo! Prófugo!
Três vezes para salientar essa verdade?
Não sejas tão tolo, caro leitor!
Quem tem capacidade de se definir, está, no mínimo se prendendo.
Entretanto, compreenda com calma (três palavras começadas em 'c', tamabém para salientar): o prófugo aqui é configurado em escrita.
Afinal, nem sempre é possível correr sem rumo.
Hoje sou prófugo com objetivo traçado. Prófugo para sair do agora e projetar os meus anseios.
Prófugo para mergulhar nos meus desejos e, de forma simples e sem me locomover, me descobrir alguém diferente e melhor.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Sintonia

Somos incomuns no tempo (obsoleto) nessa instantânea atração.
Sabor de outra aurora adormecida.
Que bom seria se tudo voltasse em tempo de reviver.
Que bom seria se tudo avançasse em tempo de cessar tamanha ansiedade.
Gosto bom de amora!
Repare então no primeiro verso. Aconchegue essa sintonia que o novo vento te trouxe.
Harmonia.
Felizardos os que acolhem esse momento explosivo.
Ao pessismo incerto, ao otimismo decisivo.
Gostos que calculam iguais, risos que se formam juntos, abraços que refugiam simetricamente e lábios que ardem em prazer.
Não te prolongues tanto. Viva enquanto há tempo de viver.
Não te deixes a deriva de meros conceitos rotulativos. Construa uma intensa história.
Para que um dia possamos reviver.
Em cada segundo, nos divertindo em cada ponto.
Deixando o gosto de saudade em cada lembrança.
Percebendo que a lembrança pode nos dar a possibiliadade de resgatar emoções inexplicáveis.
Respirando fundo ao sentir o coração acelerar.
Fechando e abrindo os olhos: uma mistura de nostalgia e de volta a realidade.
Cada momento meu precisa ser de cada vez. Para que nada se perca. Para que ninguém de importante se esqueça.
Cative-me e conquiste-me.
Hoje lembro-me com 20. Mas quero poder lembrar também aos 40 (...)

sábado, 24 de julho de 2010

Soltei...

Zanga-te mesmo. Afete. Bata a cabeça na parede. Mas ligar? NUNCA
Correr atrás? JAMAIS.
Essas são as premissas da mulher moderna, né?!
Quer resposta? Hum... NÃO SEI! (risos)
Não adianta.
Ao 20, 30, 40 ou 50. Estar solteira significa, de forma conceitual bem pobre de significados, estar solta.
Estar solta signfica meramente não estar preso. Certo?
Parece óbvio. Porém, deixe-me aprofundar a discussão.
Estar solta para se entregar quantas vezes quiser. Estar solta para sair todos os dias. Estar solta para aventura-se em si mesma. Estar solta para se descobrir.
Uma mulher solteira por convicção é um tanto quanto orgulhosa e independente. Um pouco jogadora e bastante atriz.
Entretanto, que seja culpada nossa perfeita natureza,ainda são mulheres.
Sentimentais, dramáticas e que pensam demais.
Não adianta, sempre reclamamos das mesmas coisas. Afinal, homens não prestam, não é mesmo? (risos)
Tolos quando acham que comandam toda e qualquer situação.
Infiéis quando analisam corpos mais volumosos que os nossos.
Grosseiros por puro prazer machista.
Sempre a mesma coisa. é um ciclo vicioso que não dá para se desvencilhar.
Não se preocupe. É assim que a vida pega a dosagem certa de pimenta, açúcar e sal.
Quando há homem e mulher, o assunto é prolongado.
Afinal, é o encaixe certo por definição biológica e o encontro incerto por definição da vida.
Não há do que reclamar. Prolongue mais. Intensifique mais. Solte-se mais.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Do latim, civitas.

Cidadãos.
Diante da lei, somos iguais.
Diante da realidade, somos diferentes.
Cidadania? É dever ou direito? É mistura ou conceito? Já não sabemos mais..
Exercício cidadão é difícil de praticar. São tantas mazelas, tanta angústia instríseca a nossa vivência.
DOR!
Dor cidadã.
Dói ver que apesar dos nossos esforços, a violência permanece.
Dói pensar que nos contentamos com políticos corruptos pelo simples fato de "fazerem alguma coisa"
Dói reconhecer que estamos mergulhados em aparências, em papéis meramente assinados (sem praticidade ou veracidade).
Dói aceitar que precisamos mudar.
Mudar? Como? Quando? Onde?
Somos a geração da acomodação.
Dói..
Dói avaliar o quão ingênuos somos. Dói reavaliar o quanto somos esquecidos.
Hipótese essa que corrobora Maquiavel: Se for para fazer o mal que faça todo de uma só vez, para que logo seja esquecido. Quanto ao bem,esse deve ser feito aos poucos, para que se mantenha na lembrança de forma permanente.
Não é assim que (sobre)vivemos?
Nascemos cidadãos e nos repetem isso a vida inteira. Afinal, segundo o artigo terceiro da Declaração Universal dos Direitos Humanos: Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Amarga ilusão.
Do meu ponto de vista, esse direito a vida deveria ser reinterpretado.
Vida é apenas o ato de manter-se vivo?
É o que parece. Condições mínimas para todos não é o que vejo.
Direito a vida requer direito a saúde, respeito e integridade. Direito a vida não deveria ser direito a cidadania também?
Voltemos ao debate. Não vejo saída.
Façamos uma linha de raciocínio lógico: Nascemos cidadãos. Crescemos aparentemente praticando cidadania. Não somos respeitados enquanto cidadãos. Uma ação elimina a outra. Desaparecemos desse mundo, muitas vezes sem razão, motivo ou causa aparente.
Quem é Cidadão? Para quem é cidadania?

Confesso..
Hoje acordei demasidamente realista. E antes que ingênuos me questionem, já sei que muito realismo significa alta dosagem de pessimismo.

sábado, 17 de julho de 2010

Memorize

' Tem lugares que me lembram minha vida por onde andei ...'

É exatamente isso.
Quando me retenho a memórias, retenho-me também a lugares.
Sou exigente, um tanto quanto intransigente, mas confesso que, me perco em muitos lugares (condenáveis?) para me divertir.
Divertir no sentido alcoólico e não alcoólico, de significado estar com amigos e rir até a barriga doer.
Não suporto falta de diálogo, o ambiente noite, boate e etc. Entretanto, há momentos em que é necessário dançar somente. Nesses momentos, não há necessidade de muita conversa. Basta soltar o corpo, ou melhor dizendo, exercitar a alma.
Meninas vestidas iguais, meninos com o mesmo estilo. Os mesmos papos, todos fúteis. Mas e daí? Não acho digno de condenação.
São pessoas que conseguem estar felizes, mesmo que seja por breves instantes. Mesmo que seja por bebidas ilusórias, mesmo que seja para afagar egos.
Não há o que julgar. Felizes momentos, ainda que breves, formam também nossa memória. Memória essa que precisa de histórias para contar. E essas histórias nem sempre precisam ser cultas o dignas de orgulho.

Se eu fosse Vinicius, completaria: " É melhor ser alegre que ser triste."

terça-feira, 13 de julho de 2010

É você.

Menina que virou mulher porque eu cheguei
Menina que mudou seus sonhos para me aceitar
Menina que sofreu muitas noites para me esquentar
Menina que lutou contra todos para me educar
Menina que me apóia em tudo, que me abraça em tudo, que é meu tudo.
Ah Menina! Você que deu sua vida para me proporcionar vida!
Você que faz sempre o seu melhor.
AH Menina! O meu sonho é retribuir em dobro, é te dar orgulho e abrir seu sorriso.
ó Menina! Quero te dizer o quanto te amo, o quanto te admiro e o quanto sou agradecida por você está aqui.
Menina com alma de anjo, menina encantadora, menina, menina...
Menina que me ninou e hoje me orienta. Menina.
Menina crescida, menina da minha vida. Antonia? Menina...
Menina batalhadora, menina enfermeira e de nome singular. Menina Maria...
É o plural da minha existência, menina que tenho ligação de alma. Menina, minha menina: MÃE!

domingo, 11 de julho de 2010

Humor Samba

Eu fico com a pureza da resposta das crianças/É A VIDA/ é bonita e é bonita!

Acordei com humor samba!
Não sabe o que é isso né?
Resolvi falar sobre humor.
Assim como existe um tipo de roupa para cada evento, existe um humor para cada manhã, ou cada tarde e se você for mulher, para cada 30 minutos. (risos)
Quando acordo depois de uma bela saída, sem energias e com uma dor de cabeça deliciante, considero-me de humor olhos de ressaca. Dessa vez, não para pafrasear Machado de Assis em Dom Casmurro, mas no sentido literal da expressão. Aquele rosto meio sombrio, os olhos que não conseguem encarar a luz.
Nas manhãs de segunda-feira, acordo com o amor leão. Se me deixar eu fico quieta, mas se mexer comigo, eu ataco!
Gosto também do humor ácido. Naqueles dias de estresse, pressão de provas na faculdade. Sou de uma ironia tremenda, tolerância zero.
Entretanto, para que não pareça que sou muito chata, tenho os meu dias de humor de princesa: tudo está lindo, ninguém me atrapalha e tenho a doce esperança de ser feliz para sempre.
E hoje? Hoje estou com o humor samba.
Descrevendo...
É o humor do ritmo, da inspiração e da leveza. O coração está confortado (não disse que sem confusão). Hoje é dia de viver e não ter a vergonha de ser feliz!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

(...)

Criatura sentimental, mulher sem escrúpulos, dama do Mal?
O instante me apaixona e de mim toma conta
Não existe levianidade em meu coração, apenas me permito viver com mais emoção
Foi assim que conquistei, me larguei e me superei
Um instante,um piscar, um suspiro, um toque. Conjunto de ações que me tira do eixo.
Sarcasticamente eu vivo. Na verdade lido, com esse estranho e turbulento coração.
Ainda que meu coração seja sacano, meio garoto e um tanto quanto boemio, ele escreve amizades, canta viver!
( Na linha vertical, as primeiras letras das frases formam a palavra Confusa)

Confusa: Adjetivo, feminino, singular.
Estado de espírito que se caracteriza por não saber o que fazer, nem saber se quer fazer. Engloba dons de previsão: e se isso acontecer?
Não há solução, é preciso arriscar sem medo.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Inquietação.

Essa minha brilhante ideia de ser internacionalista me deixa a cada dia mais irritada com o mundo.
Fico pasma com as hipocrisias alheias e com a falta de preocupação com o outro.
Somos nações unidas, com premissas de direitos humanos estabelecidas, mas para quem?
Sinceramente, o que vejo são acordos assinados. Alguma melhora? Sim.
Mas nada suficiente.
Talvez eu tivesse que ter aprendido a ter calma e ter entendido que nesse mundo nada se ajusta de uma hora para outra.
Porém, ter calma é fácil quando se está em casa, com comida,água, cobertor, carinho de mãe e muitos outros mimos.
Direitos humanos? (...)
Hoje me deseperei com a notícia que li:'Precariedade de condições favorece ocorrência de estupros no Haiti'
Como isso? Não consigo entender. Nossas intervenções parecem não dar solução e o drama dessa população só aumenta.
Hipocrisia minha? Com certeza. Até porque não há nada que eu possa fazer ainda. Entretanto, considero que essa inquietação já me faz um pouco mais humana, já deixa mais claro que meu sonho, antes de sonho, é necessidade.

Assim como os haitianos, existem os palestinos, os milhões de refugiados, as crianças na África e mulheres que sofrem com penas desumanas em certos países.
No passado ficaram os torturados pela ditadura, as famílias que não tem seus entes em casa e uma dor que a saudade não deixa passar.
Você sabiam que o Brasil foi o único país da América Latina a não rever a Lei de Anistia? Eu PROTESTO!

terça-feira, 6 de julho de 2010

O breve inesquecível.

Ao dezessete. Tudo começou aí.
Uma certa bailarina que os uniu.
Eles eram lindos : a sonhadora, o romântico. Dois fãs de Chico Buarque.
Tudo parecia azul : " Ah! Só tinha de ser com você/ Só tinha de ser pra você"
Pouco tempo juntos. Mas o suficiente.
Hoje refletem-se por aí. A vida não os deixa esquecer. Foi bonito e sincero. Partilham sonhos e gostos. Como diria mestre Vinicius: " A vida é a arte do encontro embora haja tanto desencontro na vida."

Não há o que negar, não há o que mudar e não há nada o que fazer. Somos não sendo, e o que seria se fosse?
Escolho não pensar. Minha vasta confusão me permite apenas que admire essa curta, mas tão bela história.

(...) Pra você.

Com que roupa eu vou?

Hoje estou vestida de preto. Preto e todas as cores escuras. Hoje minha alma está meio apagada, semblante triste e corpo cansado.
Há dias, entretanto, que me visto de rosa, laranja marca-texto e laços no cabelo coloridos. Nesses dias, minha alma sorri e estou grudada com a inspiração.
E os dias de sensibilidade? Nesses eu opto por uma roupa sem muito tom, diria bege ou branco, para não ter muito erro. Nesse dias não quero chamar atenção, quero ficar quieta e me perder nos meus pensamentos.
Para terminar com chave de ouro, vou contar dos dias de liberdade, dos dias sem namorado, dos dias meus, dos dias livres em si.
Ah! Esses dias são os melhores. O tom varia, o tamanho da roupa também. Aparecem acessórios!
A inspiração também está presente, mas a intenção é provocar e se tornar Furacão.
Aliás ...menti quando disse que era para terminar. Na verdade, o melhor é não precisar de roupa. Momento em que apenas dois corpos se encontram. Nesses dias, a vestimenta vira desejo e as cores viram boas e quentes sensações.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Liesel, Rua Himmel, etc.

"Primeiro, as cores.
Depois, os humanos.
Em geral, é assim que vejo as coisas.
Ou, pelo, menos, é o que tenho."


"Não ir embora: ato de confiança e amor, comumente decifrado pelas crianças."

A menina que roubava livros - Markus Zusak

domingo, 4 de julho de 2010

Espelho

Ufa! Energias recuperadas.
Xô, pensamentos negativos! Histórias melancólicas e medo da vida!
Sacudi a poeira. RENOVEI.
Tomei fôlego para continuar. Um passo de cada vez, menos manual, mais atitude.

Esses textinhos de auto-ajuda são uma desgraça, né? Sempre falando a mesma coisa. Parece que de fora tudo é como num manual de instrução, ou uma daquelas conclusões lógicas do tipo: Penso, logo existo.
Quem vive é que sente. Que vive, oras!

Mas, para não perder o foco, hoje a postagem será sobre espelho meu. Bem do tipo Branca de Neve, numa versão retorcida,.
Faz diferença analisar isso..
Descobri isso há alguns dias (tardiamente, eu confesso).
Vamos lá!
Comecei a reparar que a coisa da lógica pode funcionar. Comecei a ver que se eu não for boa companhia para mim mesma, não serei boa companhia para ninguém.
Nem sendo a mulher mais linda do universo, entendi que eu tenho que achar isso primeiro.
Comecei a pensar mais, a planejar melhor. Estou tentando me aceitar e querer me compreender. Esse cenário reflexivo de fazer a sentir a ação, esse cenário de reflexão do que eu preciso para melhorar enquanto ser humano, me trouxeram um espelho novo: confiança.
Hoje meu espelho reflete alguém mais amplo e mais transparente.
Ele anda mais limpo e mais bem cuidado.
Ele reflete ao passo que impulsiona.
Meu espelho me faz feliz e, o mais importante, me faz sorrir todos os dias.
Espelho de sentido metafórico, espelho de sentido amor-próprio, espelho de sentido FÉ.
Troco a sentença: Espelho, espelho, EU (...)

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Quero agora.

Quero viajar até o fim do mundo
Quero saborear as delícias vida
Quero viver TUDO e não pensar em NADA
Quero ter maturidade
Quero não querer mais regras
Quero sombra e água fresca
Quero todas as crianças bem alimentadas
Quero que a corrupção seja banida
Quero ajudar meus amigos
Quero sonhar acordada
Quero alcançar meu melhor
Quero acreditar: " Deixa estar que o que for pra ser vigora"

Ps.: Hoje senti falta daquele abraço refúgio.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Lá.

Ainda que o sol não venha e que a lua seja ofuscada, meu sonho está lá.
Há momentos em que perco meus óculos da vida. Acho que ele se foi.
Nesse dias eu me estrepo, disperso e não consigo dormir. Decepciono.
Acabo por achar, nas minhas confusões, minha novas lentes. Permanece lá.
Quero agora e quero para sempre.
Ainda não posso. Permanece lá.
Lá no onde que não sei, lá tão longe que é só meu. Lá que se transforma em Lá(r). Lar presumo em mente e coração. Mente para efetivar, coração para sacramentar.
Sonho grande, sonho internaciolista.
Internacionalista para efetivar o meu corpo brasileiro, internacionalista para sacramentar o nacionalismo que muito me falta.
Sonho diplomata, sonho que ultrapassa fronteiras? É além. É lá.
Sonho verde e marelo. Passaporte Azul. O branco? fFica Lá: na utopia da paz que almejo para os nossos corações.

É plural até chegar ao fim.

Hoje despertei com saudade
Saudade das nossas fotografias
Saudade dos nossos sonhos compartilhados
Saudade das nossas brincadeiras vividas
Saudade do banho de chuva em janeiro
Saudade do marasmo da nossa rua
Saudade das estrelas que pareciam menos confusas
Saudade das nossas paixonites
Saudade da nossa inocência
Saudade de ser quem eu era quando você ainda estava presente
Saudade do seu amor
Saudade daquele domingo dos patins
Saudade daquela final da Copeonato Brasileiro
Saudade do Tablito
Saudade de tudo, saudade dessa nossa tão passada realidade
Saudade que vem com saudade, saudade de algo com relevância, saudade do que? Saudade da INFÂNCIA!